top of page

Comunicação de Risco

 

O que é o metilfenidato?

 

O metilfenidato, também conhecido por Ritalina, ou Concerta, pertence à família das anfetaminas. É uma molécula utilizada no tratamento da Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção (PHDA) e narcolepsia. O seu uso destina-se a crianças entre 6-18 anos que tenham PHDA (quando outras alternativas não farmacológicas não tiveram sucesso no tratamento desta doença). O metilfenidato é dos fármacos mais prescritos para a PHDA , devido à sua capacidade de melhorar a atenção, diminuir o comportamento impulsivo,  e melhorar a concentração. (1)

 

 

Contra-Indicações:

 

Não deve tomar metilfenidato, nas seguintes situações:

  • Hipersensibilidade ao metilfenidato;

  • Glaucoma;

  • Feocromocitoma;

  • Se estiver sob tratamento de inibidores da monoamino-oxidase (MAO);

  • Hipertiroidismo;

  • Se foi diagnosticado com doenças do foro psicológico como: depressão grave, anorexia, psicose, tendências suicidas, esquizofrenia, perturbação bipolar (tipo 1) grave não controlada;

  • Condições cardiovasculares agravadas: hipertensão, insuficiência cardíaca, angina de peito, doença cardíaca congénita, cardiomiopatias, enfarte do miocárdio, arritmias e canalopatias;

  • Aneurisma cerebral

  • Anomalias vasculares

  • Ansiedade, tensão, agitação

  • Diagnóstico/História familiar da síndrome de Tourette (1)

 

Advertências de utilização:

 

-A sua utilização por mais de 12 meses em crianças deve ser cuidadosamente monitorizada, avaliando diversos fatores psiquiátricos, sociais e cardiovasculares.

-Não deve ser utilizado em idosos, na medida que não há estudos relativamente ao seu efeito em doentes com mais de 60 anos.

-Não deve ser utilizado em crianças com menores de 6 anos.

-Antes de começar o tratamento, é necessário um exame físico( para avaliar possíveis anomalias cardiovasculares ) e psicológico.

- Deve ser usado com precaução em doentes com epilepsia.

- Deve ser usado com precaução em pacientes com histórico de dependência de álcool e outras drogas.

- Não consumir álcool conjuntamente com o metilfenidato, pois resulta numa formação de um metabolito que potencia a sua ação.

- A sua utilização crónica de forma abusiva pode levar não só a uma dependência, como tolerância.

- Não é aconselhada a sua utilização em mulheres grávidas ou que estejam a amamentar (1)

 

Efeitos secundários:(2)

 

-Mais comuns:

  • Palpitações

  • Variações no humor

  • Tendências suicidas

  • Psicose

  • Síndrome de Tourette

  • Alérgicos: urticária, dificuldade em respirar

 

-Outros:

  • Falta de apetite

  • Insónias

  • Náuseas

  • Nervosismo

  • Dores de cabeça

  • Boca seca

  • Diminuição do crescimento e de peso

  • Pressão arterial elevada

  • Pânico

  • Febre

  • Agitações e tremores

  • Sonolência

  • Desconforto no peito

  • Dores musculares

  • Sudação excessiva

  • Tosse, dor de garganta, irritação da garganta e/ou nariz

 

Quais os sintomas da sobredosagem de Metilfenidato?

 

  • Agitação

  • Fasciculação

  • Vómitos

  • Movimentos involuntários

  • Perda de consciência

  • Convulsões

  • Confusão

  • Transpiração

  • Alucinações

  • Delírios

  • Psicose

  • Cefaleias

  • Ritmo cardíaco anormal

  • Febre

  • Nariz Seco

  • Midríase (3)

 

Qual o mecanismo de toxicidade?

 

São vários os mecanismos de toxicidade do metilfenidato, já que este atua como substrato do transportador de monamina celular. Mecanismos incluem a ocupação e o bloqueamento do transportador da dopamina. Isto faz com que os níveis sinápticos de dopamina e noraepinefrina aumentem de forma exponencial, em caso de sobredosagem. (7)

 

O que fazer em caso de toxicidade?

 

Conforme a situação:

  • Administrar benzodiazepinas (as intravenosas são primeira opção em casos de uma grande estimulação simpaticomimética). (7)

  • Limpar o estômago para remover metilfenidato que ainda não foi absorvido

  • Em casos de extrema intoxicação, administrar um barbitúrico de curta duração

  • Manter o indivíduo num ambiente calmo com uma atmosfera protegida, não só para diminuir os estímulos externos, como para evitar que o indivíduo se magoe a si próprio.

  • Administrar carvão vegetal ativado (3)

 

 

 

 

 

 

 

 

Grupos de Risco:

 

  • Todas as crianças com PHDA que fazem tratamento com metilfenidato, mas que não se encontram sob uma cuidada vigilância médica.

  • Indivíduos que tomem metilfenidato, mas que não foram examinados fisicamente/psicologicamente  ( e por consequência, terem alguma doença que seja incompatível com a administração do fármaco, causando sequelas graves).

  • Jovens universitários, que utilizam o metilfenidato para melhorar a sua performance académica sem qualquer prescrição médica.

  • Familiares de pessoas que tenham PHDA, e que utilizem indevidamente e sem autorização o metilfenidato para outros fins que não terapêuticos.

  • Pessoas com histórico de dependência de drogas/álcool.

  • Pessoas que consumam álcool conjuntamente com o metilfenidato.

  • Pessoas que utilizem o metilfenidato para fins recreativos (por via intra-nasal ou intravenosa).

 

Referências:

(1) Folheto informativo Infarmed.[Online] Disponível em < http://www.infarmed.pt/infomed/download_ficheiro.php?med_id=32229&tipo_doc=rcm > Acedido a 1/06/2015

(2) Paulo Gonçalves. Ritalina Efeitos secundários ou Colaterais Saiba os riscos. [Online] Disponível em < http://hiperatividade.pt/ritalina-efeitos-secundarios-colaterais/http://hiperatividade.pt/ritalina-efeitos-secundarios-colaterais/http://hiperatividade.pt/ritalina-efeitos-secundarios-colaterais/ > Acedido a 1/06/2015

(3) Methylphenidate Overdose Symptoms, Signs, and Treatment [Online] Disponível em < http://www.projectknow.com/research/methylphenidate-overdose/ > Acedido a 1/06/2015

(4) Imagem adaptada de < http://tctmed.com/wp-content/uploads/2013/04/Shutterstock-Side-Effects.jpg > Acedido a 1/06/2015

(5) Imagem adaptada de < https://drbraunchiropractic.files.wordpress.com/2012/01/side-effects.jpg > Acedido a 1/06/2015

(6) Imagem adaptada de < http://whatwouldwendydo.com/wp-content/uploads/2014/06/Prescription-Drugs-Side-Effects.gif > Acedido a 1/06/2015

(7) Rapid and individualized management is required when overdose with an attention-deficit hyperactivity disorder drug occurs. Drugs Ther Perspect. 2014 Disponível em < http://rd.springer.com/article/10.1007%2Fs40267-014-0114-8# > Acedido a 1/06/2015

(8) Imagem adaptada de < https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/originals/1b/b2/b8/1bb2b849231df6f0c118628e76af1730.jpg > Acedido a 1/06/2015

 

Figura 1 (4)

Figura 2 (5)

Figura 3 (6)

Figura 4 (8)

bottom of page