Uso Académico
O uso abusivo deste estimulante por parte dos estudantes universitários é utilizado como fim recreativo e com o objetivo de melhorarem o seu desempenho, tornando-se mais produtivos, concentrados, e ficando mais tempo acordados. Muitos dos pacientes de ADHD vendem esta substância a terceiros, ou então consomem-na de forma indevida. Este desvio de fármacos origina um problema de saúde pública. O principal motivo que leva os estudantes a adoptar estes comportamentos é para aumentar a sua capacidade de estudar fora das aulas e porque sentem que isso os ajuda a superar o insucesso escolar. (2)(3)
Um estudo em que o objetivo era estabelecer uma relação entre a ação do metilfenidato na memória de indivíduos saudáveis, concluiu que o seu efeito era devido à sua atuação no córtex pré-frontal. Foi ainda realizada uma meta-análise que realçou este facto, sugerindo um melhoramento na memória dos indivíduos. No entanto, é necessário ter em conta a variabilidade genética dos indivíduos, já que variações no polimorfismo da COMT afetam os níveis basais de dopamina, e resultam em níveis diferentes de dopamina nos indivíduos. Pessoas com níveis elevados na atividade da COMT têm níveis de dopamina mais baixos. Assim, a ação de um psicoestimulante em pessoas com níveis baixos de COMT vai provocar um aumento excessivo de dopamina permitindo a estes indivíduos a capacidade de estabilizar e manter uma performance cognitiva superior. Outro estudo, que investigou o efeito do metilfenidato na memória a longo prazo, sugere que há um melhoramento da retenção de informação se a droga está ativa no cérebro no momento da consolidação. (3)
Figura 1 (1)
Referências:
(1) Imagem disponível em < http://images.elephantjournal.com/wp-content/uploads/2011/08/PNzfq.png > Acedido a 23/05/2015
(2) Clemow DB, Walker DJ.The potential for misuse and abuse of medications in ADHD: a review. Disponível em <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25295651 > Acedido a 29/05/2015
(3) Freese Luana, Signor Luciana, Machado Cassio, Ferigolo Maristela, Barros Helena Maria Tannhauser. Non-medical use of methylphenidate: a review. Trends Psychiatry Psychother. 2012; 34 (2): 110-5